Last Mile ou em português última milha, é a última parte do transporte de um produto, quando sai do centro de distribuição e vai até as mãos do cliente, ou seja, é a etapa final da entrega de um produto ao cliente. Seu objetivo principal na gestão logística, “é garantir que a mercadoria chegue em boas condições e sem atrasos, e que a equipe finalize essa fase de forma eficiente e segura”, explica Roque Brochetto, Diretor Geral da Rastreasul.
Essa expressão foi criada para descrever um grande desafio dentro do mundo logístico, a dificuldade na distribuição das mercadorias gerada por fatores externos e internos, que acabam resultando em falhas operacionais e na decepção do cliente.
Quais são esses fatores?
Como fatores externos, podemos citar congestionamentos, má-condições das vias e alta criminalidade e, para fatores internos, os erros humanos, as más condições dos veículos e a falta de treinamento da equipe. Todos esses fatores impactam na segurança do motorista, na satisfação do cliente e no custo operacional da frota.
As razões são muitas. Recentemente o Brasil foi considerado o segundo pior país do mundo para se dirigir, levando em conta o custo de manutenção do carro em relação à renda, nível de congestionamento das cidades, índice de qualidade das estradas e índice de mortalidade no trânsito.
“Além disso, temos a criminalidade e a insegurança do país em que vivemos: quase mil veículos são furtados por dia, um índice que é preocupante para quem está no ramo da logística. Em um cenário como o atual, erros humanos podem ser catastróficos: cansaço, distrações e, às vezes, até mesmo a falta de comprometimento da equipe resultam em acidentes graves. Por fim, temos o condicionamento dos veículos, frotas antigas rodando e a falta das manutenções que resultam em problemas no motor, problemas elétricos ou até mesmo pneus furados. Tudo isso compromete a operação e reflete em riscos para a última milha”, pontua Roque.
Ainda segundo o diretor geral da Rastreasul, os riscos internos estão diretamente ligados aos métodos de gestão da frota, enquanto os riscos externos são mais complicados de lidar, visto que a solução nem sempre está ao nosso alcance, porém, é possível atuar para evitá-los.
Então o que devo fazer para melhorar minhas entregas?
Para enfrentar esses desafios, os gestores de frota devem utilizar a tecnologia como aliada! Há diversas ferramentas que funcionam com o objetivo de conter essas situações negativas!
Para roubos de veículos há bloqueadores e anti-jammers, além de centrais de monitoramento e gerenciamento de risco. Já para reduzir o risco de acidentes, há câmeras veiculares com inteligência artificial de ADAS (sistema avançado de assistência ao motorista) e DMS (sistema de monitoramento do motorista), que facilitam para obter informações externas e internas de eventos na pista e do comportamento do motorista diante do volante. Além disso, por meio da tecnologia, você é capaz de acionar alertas para o motorista como uso de cigarro, celular e até mesmo em casos de sonolência ou distração. Esses fatores reduzem drasticamente os riscos de acidentes e auxiliam na otimização da qualidade dos veículos e das entregas realizadas.
Através do acompanhamento de manutenções preventivas e preditivas, é possível reduzir o risco de manutenções corretivas e veículos defeituosos e, mediante a relatórios precisos, é possível controlar diversas métricas que auxiliam a conservar a frota em um estado ideal, como carga do motor, faixa de RPM e excessos de velocidade. Há também aplicações com algoritmos de IA que automatizam a roteirização e ajudam a contornar congestionamentos e imprevistos. Com a ajuda de sensores, como os leitores RFID, você é capaz de identificar qual motorista está conduzindo determinado veículo, seu modo de condução e controlar a jornada de trabalho dele.
Fazer um planejamento estratégico das operações é essencial para uma frota eficiente. É necessário que os gestores desenvolvam cada vez mais uma capacidade analítica, para avaliar dados e identificar oportunidades de melhorias. O maior benefício de todas essas tecnologias são as informações precisas, logo, é preciso ter profissionais capacitados que interpretem as informações e potencializem as operações, ou seja, que tenham resiliência para buscar e implementar essas novas ferramentas.
E por aí, o que você tem feito para superar os desafios da Última Milha? Se quiser ver o artigo completo, clique aqui.